quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Vamos pensar!!!!!!!!!!



Um aparente paradoxo

            Uma reportagem desta edição de Veja se detém diante de um aparente paradoxo. Apesar de o Brasil ocupar apenas a 130º posição no ranking anual Doeing Business, que classifica 185 países por seu bom ambiente de negócios – o que nos deixa nas imediações de Uganda, Etiópia e Quênia – somos o sexto maior receptor de investimentos estrangeiros do mundo. Com 60 bilhões de dólares estimados para o fim de 2012, o país fica atrás somente de China, Estados Unidos, Hong Kong, França e Reino Unido. Como se explica a coexistência de fenômenos tão díspares no Brasil?
            O primeiro impulso é concluir que os investidores estão mal informados sobre a insanidade burocrática, o labirinto fiscal, a ingerência exagerada do governo na economia e a fúria legiferante, realidades que nos equiparam aos países mais hostis à atividade produtiva. Não. Os investidores sabem muito bem as dificuldades de se estabelecerem no Brasil. A conclusão correta é que vêm para cá apesar de todos os obstáculos.
            O Brasil tem o agronegócio exportador mais produtivo do mundo, tem minério, petróleo, mas, principalmente, tem um grande mercado interno, que agregou no decorrer da última década 40 milhões de novos e ávidos consumidores. Eles são a garantia de demanda aquecida. O governo não perde uma chance de reafirmar que, para ter acesso sem barreiras aos consumidores brasileiros, é preciso fabricar no Brasil. Por isso, mais de 40% dos dólares investidos no país miram o mercado consumidor de produtos ou serviços. Seguindo o caminho da Peugeot Citroën, Toyota, Honda e Hyndai, a alemã BMW anunciou na semana passada que vai erguer uma fábrica em Araquari, no norte de Santa Catarina. O entrevistado das Páginas Amarelas desta edição, Edson de Godoy Bueno, da Amil, é o exemplo mais recente no setor de saúde. Ele vendeu parte de sua empresa a um grupo americano por mais de 6 bilhões de reais.
            Com tanta coisa a favor, é de imaginar o salto de qualidade de vida que o Brasil daria a sua população se capinasse a selva burocrática, racionalizasse a cobrança de impostos e incinerasse as resmas de leis inaplicáveis ou inúteis. Mudaria de patamar econômico. Livre desses entraves à atividade produtiva,o Brasil certamente sairia do último vagão dos países de ambiente empresarial inóspito para disputar um lugar de locomotiva.
(Revista Veja, 31 de outubro de 2012)
1 – Qual a ideia principal do texto?
2 – Na última oração do 1º parágrafo a palavra ‘díspares’ poderia ser substituída por ‘iguais’ sem mudança no sentido? Justifique sua resposta.
3 – Quais os argumentos que foram usados no texto para fundamentar as ideias?
4 – Qual o gênero do texto? Marque a alternativa correta e justifique sua resposta.
a)     Um conto;
b)     Uma dissertação-argumentativa;
c)      Uma entrevista;
d)     Uma carta argumentativa;
e)     Uma fábula.
5 – quais as características do gênero escolhido na questão anterior?
6 – Qual a finalidade desse gênero?
7 – No 3º parágrafo na linha 5 o conectivo ‘por isso’ poderia ser substituído por ‘para que’ sem perder o sentido? Justifique.

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