terça-feira, 24 de maio de 2022

 Professora lista 5 dicas para não se perder na hora de estudar atualidades

Querer estudar cada desdobramento de cada grande acontecimento no Brasil e no mundo não é o caminho indicado 


1 – Desenvolva um filtro para fontes confiáveis 

2 – Repare nas notícias que são repetidas na programação dos veículos 

3 – Crie uma tabela de causa e consequência e atualize semanalmente 

4 – Foque no recorte de tempo cobrado nas provas 

5 – Reconheça os temas “favoritos” dos vestibulares 


POR LUCCAS DIAZ ATUALIZADO EM 19 MAIO 2022, 17H36 - PUBLICADO EM 6 ABR 2022, 20H15 



quinta-feira, 22 de abril de 2021

Gráfico da economia ativa

 


Pobreza no Brasil

 

Pobreza no Brasil

pobreza no Brasil é um problema que atinge cerca de 28 milhões de pessoas.

Os estados do Norte e do Nordeste concentram as populações mais carentes no país.

 

Juliana Bezerra

 

Existem vários índices que buscam definir o que seria uma pessoa que vive em situação de pobreza ou pobreza extrema.

Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) uma pessoa pobre é aquela que não tem dinheiro para garantir uma refeição que forneça 1750 calorias por dia.

Para a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), o índice é um pouco maior. Para esta agência regional, o limite seria uma dieta de 2200 calorias diárias.

Para a ONU, uma pessoa pobre é que tem uma renda equivalente a US$ 1,25 por dia ou cerca de dois reais.

Para a União Europeia, uma pessoa pode ser considerada pobre quando ganha 60% da renda média do país. Na Dinamarca seria quem possui uma renda igual ou inferior a 2.500,00 reais.

Causas da pobreza

Por conta do processo colonizador e da escravidão, o território brasileiro sempre foi um país onde havia muitas pessoas pobres. Com o fim da escravidão e o êxodo rural, as cidades não tinham infraestrutura para a chegada de mais gente. Assim, o fenômeno da pobreza se acentuou.

No entanto, a partir dos anos 90 do século XX, com a estabilidade econômica, a renda per capita dos brasileiros foi aumentando gradativamente.

A pobreza do Brasil também revela as disparidades regionais devido aos anos de concentração da política e das indústrias no sul do país. Os estados do norte e nordeste têm os maiores índices de pobreza, e Maranhão, Piauí e Alagoas são aqueles que possuem a maior proporção de pobres.

No Brasil, o Ministério do Desenvolvimento Social definiu que a linha de pobreza no Brasil é quem vive com uma renda de até 140 reais por mês. Mais de 28 milhões de brasileiros estão nessa condição.

Com o advento do governo Lula e seus programas de transferência de renda, a pobreza no país recuou.

No entanto, com a crise econômica, o cenário pode mudar. Dados do Banco Mundial indicam que o Brasil terá um aumento de 3,6 milhões de pobres até o fim de 2017.

Igualmente, o perfil do pobre no país se transformou. Agora, são brasileiros com menos de 40 anos, chefes de família e que há dois anos estavam empregados. Possuem pelo menos o ensino médio e 90% vive na cidade.

Pobreza extrema

Já os que vivem em pobreza extrema são aqueles que vivem com 70 reais por mês.

No Brasil, 8% da população ou um pouco mais de 16 milhões são considerados extremamente pobres. Mais da metade dos extremamente pobres vive no Nordeste e das 50 cidades mais pobres do Brasil, 26 estão no Maranhão.

 

Lista das cidades mais pobres

Confira abaixo as cidades mais pobres do Brasil, em 2013, segundo os dados do IBGE:

Cidade

Centro do Guilherme/MA

Jordão/AC

Belágua/MA

Pauini/AM

Santo Amaro do Maranhão/MA

Guaribas/PI

Novo Santo Antônio/PI

Matões do Norte/MA

Manari /PE

10º

Milton Brandão/ PI

 

terça-feira, 20 de abril de 2021

SE EU SOUBESSE LER, ACHO QUE DISTRAÍA MUITO MAIS A MINHA VIDA..."

SE EU SOUBESSE LER, ACHO QUE DISTRAÍA MUITO MAIS A MINHA VIDA..."

Maria das Dores Soares Maziero

Minhas estórias de Carochinha, meu melhor livro de leitura,

capa escura, parda, dura, desenhos preto e branco.

Eu me identificava com as estórias. (1)

 

Ler é sempre uma aventura. Não por acaso, as campanhas de leitura, oficiais ou oficiosas, estão constantemente convidando as pessoas a viver aventuras através de personagens criadas em épocas  diversas. São muitos os roteiros e chamados; pode ser  a possibilidade de nos tornarmos o índio Peri, de O Guarani ou,  modernamente,   Harry Potter e seu mundo de feitiços e magia. 

 O título deste artigo é a fala de uma mulher de 82 anos sobre leitura, mas, como suas palavras revelam, ela nunca leu um livro, já que não é alfabetizada. Curiosamente, porém, suas palavras trazem uma concepção de leitura que é compartilhada por muitas pessoas como a única possível ao se abrir uma obra escrita:aquela que vê no ato de ler um divertimento, um passatempo. Para citar Roland Barthes, é a chamada  leitura de fruição, que vem da época do romance de amor ou de cavalaria.

 Há, porém, um outro tipo de leitura que esteve presente durante a Idade Média:a leitura por obrigação, por provação; fazia parte da vida dos monges assim como o jejum, a vigília e as orações, sendo na  verdade uma privação da fruição. Lia-se como uma forma de aperfeiçoamento, de aprendizado e de aproximação do divino.

 A escola de hoje, especialmente a de ensino médio, se vê confrontada com essas duas concepções de leitura: os alunos querem a leitura do desejo, da fruição, embora nem sempre saibam o que exatamente gostariam de ler; por outro lado, porém,  o trabalho com literatura e a pressão exercida pelos exames vestibulares exigem a leitura dos monges, aquela da obrigação, da privação da fruição, uma vez que o vocabulário  das obras é difícil, distante da realidade dos adolescentes, as situações vividas pelas personagens não correspondem ao que eles (re)conhecem, enfim, é quase impossível descobrir a beleza de Capitu, quando se tem como parâmetro as heroínas do cinema ou dos jogos de computador.

 Este é, portanto, o grande desafio que se impõe à escola hoje: conciliar o ensino da leitura como a prática da “Arte de decifrar e fixar um texto de autor, segundo determinado critério” (2), e, ao mesmo tempo, conseguir levar o aluno-leitor àquela experiência arrebatadora descrita por Clarice Lispector, em seu conto “Felicidade Clandestina”: “Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.”

 O desafio está lançado; ao professor, como Odisseu moderno, cabe continuar buscando Ítaca, sabendo que terá que enfrentar no caminho os perigos e desvios representados pelo canto das sereias, pelos encantos de Circe e por monstros vorazes. Quem são esses monstros? Cada mestre deve descobrir/decifrar o nome dos seus, ou então corre o risco de ser devorado por eles.


NOTAS 

(1) CORALINA, Cora. “Meu melhor livro de leitura”, in Vintém de Cobre – meias confissões de Aninha. São Paulo: Global, 1995.

(2) Novo dicionário básico da Língua Portuguesa FOLHA/AURÉLIO. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, l988. 

  A  AUTORA

Maria das Dores Soares Maziero, Mestranda da Faculdade de Educação, UNICAMP

 


O que temos para comemorar do dia do índio?

 

                             Hoje é dia do índio: e tem o que ser comemorado?


Alice Pataxó

seg., 19 de abril de 2021 4:00  - 4 minuto de leitura

O dia do índio é dia de lembrar que todo dia é dia dos Povos Indígenas e que a luta destes é diária (Foto: Instagram/Alice Pataxó)

Certa vez, Ailton Krenak questionou em entrevista: "Por que se comemora a presença do índio em território brasileiro, ou se faz um esforço para que o índio seja lembrado e até exaltado a todo dia 19 de abril se o índio incomoda tantos cidadãos brasileiros? Por que comemorar?". E é desse questionamento que partiremos.

 

Como surgiu o dia do índio?

O dia do índio nasce do Congresso Indigenista Interamericano em Abril de 1940, realizado em Patzcuaro no México. Participaram os seguintes países, com seus representantes:

·         México: Luis Chavez Orozco, chefe do Departamento de Assuntos Indígenas do México e coordenador do Congresso Interamericano.  

·         Colombia: César Uribe Piedrahíta, um do delegados oficiais;

·         Chile: Venancio Coñuepán Huenchual, ascendência mapuche, deputado e ministro da República do Chile. Foi o diretor de Assuntos Indígenas;

·         Bolivia: Antonio Díaz Villamil, escritor e historiador; ocupou o cargo de Diretor Geral de Educação;

·         Brasil: Edgar Roquette Pinto, membro do Conselho Nacional do Serviço de Proteção ao Índio (SPI); Equador: Pío Jaramillo Alvarado e Víctor Gabriel Garcés;

·         Estados Unidos: John Collier e os antropólogos John Cooper, Sophie Bledsoe Aberle e Matthew Stirling;

·         México: Además de Chávez Orozco, Moisés Sáenz Garza, um dos promotores do encontro, secretário da Comissão Organizadora e Vicente Lombardo Toledano, secretario da Confederação dos Trabalhadores do México;

·         Panamá: Rubén Pérez Cantule, etnia cuna;

·         Peru: José Angel Escalante, presidente da delegação peruana e ex-prefeito de Cuzco em 1919 e ministro da Justiça em 1930; Luis Eduardo Valcárcel Vizcarra, antropólogo e pesquisador do pré-hispânico no Peru; José Uriel García, educador peruano; José María Arguedas, escritor e antropólogo.

A reunião de líderes políticos deixou os indígenas desconfiados de que mais uma vez houvesse uma tentativa de aproximação sem conversas envolvendo os povos, o que gerou um afastamento dos próprios indígenas, que temiam pela segurança dos líderes indígenas, e em um primeiro momento não toparam participar do evento.

Por que dia 19 de abril?

Mas no dia 19 de abril, os indígenas aceitaram se unir aos líderes políticos que estavam reunidos no México em busca da participação por representatividade na tomada de decisões. Com a participação indígena a partir daquela data, acordos foram feitos e a maioria dos países presentes se comprometeu em acatar a luta por respeito e igualdade de direitos dos Povos.

Quando se fala em respeito, se fala em respeito à identidade e cultura, e estabelecer o dia do índio no dia 19 de abril foi um marco para simbolizar esse acordo. Porém, apenas no dia 2 de junho de 1943, três anos depois do acordo feito no México, o então presidente do Brasil, Getúlio Vargas assinou o decreto nº 5.540, instaurando o dia 19 de Abril o dia do “índio”.

Há motivo para comemorar o dia do índio?

Então voltamos a pergunta: por que comemorar? Qual motivo leva o Brasil a comemorar o dia do “índio”? Uma história fantasiosa. Brasil afora, a população que se espalha pelos atuais 26 estados e Distrito Federal pouco sabem sobre os Povos originários desta terra, pouco falam de sua diversidade e luta, sequer sabem seus nomes, ou seu verdadeiros nomes, importante dizer, em sua própria línguas. 

Por que falamos índio diante de tanta diversidade entre esses Povos? Diante da certeza de que esses são os donos da terra em que hoje está o Brasil e não “índios” como imaginou Cabral desejando chegar a Índia em 1500. Somos os Povos Indígenas, aqueles que habitam a terra antes de sua colonização, aqueles que são diversos, em línguas, cores, culturas, espiritualidades e sexualidades.

Existe muito mais beleza na diversidade indígena brasileira do que na história inventada sem cores e escrita por brancos.

Um mês ignorante de conhecimento se transforma em desfile de falsos cocares e pinturas nas escolas, que reforçou por anos um estereótipo, e que pela mão manchada de ucrucum e jenipapo de indígenas está sendo transformado em um ato de resistência, de sobrevivência e de informação. 

Começou há muitos anos o Abril Indígena, uma lembrança de que todo dia é dia dos Povos indígenas, e assim construímos uma nova história uma história de outros 500 anos de resistência, muito mais do que comemoração vazia.

 

 

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Vamos ler... Um pouco sobre Quincas Borba de Machado de Assis


Quincas Borba – Machado de Assis

Após a morte de Quincas Borba, narrada no livro Memórias póstumas de Brás Cubas, a fortuna herdada por ele foi deixada para seu amigo Rubião, professor de Barbacena, cidade onde residia o filósofo. O dinheiro vem acompanhado do compromisso de cuidar do cachorro, também chamado Quincas Borba.
Subitamente enriquecido, Rubião se muda para o Rio de Janeiro e já na viagem conhece o casal Sofia e Cristiano Palha, que se comprometem a apresentar-lhe a corte e cuidar para que ele não seja alvo de aproveitadores. De fato, Sofia e Cristiano logo incluem Rubião em seu círculo de amizades. 
Com a convivência, nasce o interesse de Rubião pela bela Sofia. Ela logo percebe a paixão que provoca, utilizando-se disso para envolver ainda mais o milionário. Acreditando-se correspondido, Rubião se declara à amada durante um baile. Sofia comenta com o marido a ousadia do convidado, mas Cristiano tenta diminuir a ira da esposa, comentando que já devia muito dinheiro a Rubião. O marido ainda sugere que ela alimente aquele sentimento, para que eles possam continuar a explorar o pobre milionário. 
Frustradas suas tentativas amorosas, Rubião decide deixar o Rio de Janeiro. Cristiano fica preocupado com a notícia, que o afasta de sua principal fonte de renda. Por isso, insiste com o amigo para que fique, acenando com futuros reencontros com Sofia. Acompanha-o nessa tentativa certo Camacho, político que também tira vantagem da bondade e da ingenuidade de Rubião. Convencido, este decide permanecer no Rio de Janeiro. 
Rubião e Cristiano se tornam sócios em uma importadora, Palha & Cia. Com o tempo, o capitalista passa a administrar os bens e a fortuna do mineiro. A condição de vida do casal Palha melhora a olhos vistos. Rubião continua a frequentar a casa. Passa a sentir ciúmes crescentes do jovem Carlos Maria, que dirige gracejos a Sofia. Atingindo o estado de desespero, Rubião chega certa vez a gritar com Sofia, insinuando o adultério. A mulher contorna a situação e prova sua inocência, posteriormente confirmada com o casamento de Carlos Maria com Maria Benedita, prima de Sofia.
Cristiano rompe a sociedade com Rubião, alegando a necessidade de desligar-se da empresa a fim de capacitar-se a assumir cargos no sistema financeiro. Na verdade, já estabelecido, Cristiano quer continuar a conduzir sozinho os seus negócios. Sofia também se afasta de Rubião, recusando seus insistentes convites para passeios. 
Enlouquecido de desejo, Rubião visita Sofia, mas a encontra de saída. Quando ela sobe na carruagem que a espera, ele também entra, intempestivamente, baixando em seguida as cortinas. Mais uma vez, declara-se a ela, desta vez acrescentando ser Napoleão III e ela, sua amante. Sofia percebe a demência de Rubião. 
Logo, a notícia se espalha por toda a cidade. Seus delírios se acentuam à mesma proporção em que seu patrimônio diminui. Por insistência de amigos, os “Palha” assumem a responsabilidade de cuidar do doente. Como primeira providência, transferem-no para uma casa mais humilde. Os acessos de loucura continuam e Rubião acaba internado em um hospício.
Rubião foge e, acompanhado do cão, retorna a Barbacena. Ninguém os recebe e os dois acabam dormindo na rua. No dia seguinte, Rubião morre, ainda acreditando ser um imperador francês.

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