Caçador agarra-se à presa de um mamute siberiano:
peça valiosíssima (Fotos: Evgenia Abrugaeva)
Um dos assuntos que mais intrigam e fascinam os
estudiosos dos mamutes é o mistério em torno de sua extinção. A maioria dos exemplares
da espécie deixou de existir a aproximadamente 10.000 anos, em decorrência da
última era glacial.
Mesmo assim, existem evidências cientificamente
comprovadas de que um grupo de animais gigantes, concentrado, sobretudo na ilha
de Wrangel, localizada na porção de Oceano Ártico entre a gelada região russa
da Sibéria e o Alasca, parte do território dos Estados Unidos, resistiu
bravamente, durando cerca de 6 mil anos a mais.
Na região abundam provas da existência destes
“mamutes recentes”, que sobreviveram em grande parte por haverem sido
congeladas. Entre as quais as enormes e cobiçadíssimas presas de mamute, das
quais deriva o marfim. A busca por estes ganchos em tamanho supersize
movimenta a economia local, tanto no âmbito legal quanto no mercado negro.
Ao contrário do que parece, o comércio dessas
presas preciosas é legal (embora, como sempre, exista o mercado negro, não
autorizado e não controlado). Ele aumentou brutalmente com o aquecimento
global, que provoca o derretimento da tundra (solo típico de áreas próximas ao
Polo Norte) em regiões da Sibéria e deixa expostos esqueletos desses imensos
animais extintos. Mais surpreendente ainda, o comércio tem o apoio de
ambientalistas e conservacionistas — o marfim dos mamutes da Sibéria atende a
boa parte da demanda mundial por marfim, sobretudo da Ásia, e poupa os
elefantes, ameaçados de extinção.
As presas são transformadas em esculturas e objetos
de decoração que são postos à venda por preços altíssimos.
Autora de trabalhos fotográficos bastante
originais, a fotógrafa Eugênia Abrugaeva, nascida na cidade siberiana de Tiski, perto desta terra encantada de
mamutes tardios, acompanhou a ação destes caçadores de presas.
Quer ver mais: acesse revista Veja 03.05.2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário