sábado, 4 de maio de 2013

Presas de mamutes



Caçador agarra-se à presa de um mamute siberiano: peça valiosíssima (Fotos: Evgenia Abrugaeva)

         Um dos assuntos que mais intrigam e fascinam os estudiosos dos mamutes é o mistério em torno de sua extinção. A maioria dos exemplares da espécie deixou de existir a aproximadamente 10.000 anos, em decorrência da última era glacial.
         Mesmo assim, existem evidências cientificamente comprovadas de que um grupo de animais gigantes, concentrado, sobretudo na ilha de Wrangel, localizada na porção de Oceano Ártico entre a gelada região russa da Sibéria e o Alasca, parte do território dos Estados Unidos, resistiu bravamente, durando cerca de 6 mil anos a mais.
        Na região abundam provas da existência destes “mamutes recentes”, que sobreviveram em grande parte por haverem sido congeladas. Entre as quais as enormes e cobiçadíssimas presas de mamute, das quais deriva o marfim. A busca por estes ganchos em tamanho supersize movimenta a economia local, tanto no âmbito legal quanto no mercado negro.
         Ao contrário do que parece, o comércio dessas presas preciosas é legal (embora, como sempre, exista o mercado negro, não autorizado e não controlado). Ele aumentou brutalmente com o aquecimento global, que provoca o derretimento da tundra (solo típico de áreas próximas ao Polo Norte) em regiões da Sibéria e deixa expostos esqueletos desses imensos animais extintos. Mais surpreendente ainda, o comércio tem o apoio de ambientalistas e conservacionistas — o marfim dos mamutes da Sibéria atende a boa parte da demanda mundial por marfim, sobretudo da Ásia, e poupa os elefantes, ameaçados de extinção.
         As presas são transformadas em esculturas e objetos de decoração que são postos à venda por preços altíssimos.
           Autora de trabalhos fotográficos bastante originais, a fotógrafa Eugênia Abrugaeva, nascida na cidade siberiana de Tiski, perto desta terra encantada de mamutes tardios, acompanhou a ação destes caçadores de presas.
              O resultado é um interessante ensaio, publicado pelo site da revista National Geographic.

Quer ver mais: acesse revista Veja 03.05.2013

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