SONHOS...
F
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inalmente os computadores
chegaram à escola. Os alunos olharam para eles com orgulho, curiosidade e
respeito.
Naquela noite, Marilena foi dormir
feliz. Muito romântica, sonhava com um príncipe encantado e, para ela, o
computador era como um super-héroi. Acreditava que ele transformaria sua vida.
“Mas como? Não
entendo nada de computação...” – pensou, insegura. E, para espantar a
preocupação, virou-se na cama.
De repente, ouviu um ruído estranho.
Olhou para o canto do quarto e... iluminado por uma luz azulada, lá estava ele:
o computador. Intrigada, a menina levantou-se, aproximou-se, pé ante pé, e qual
não foi seu espanto quando surgiu na tela um jovem simpático que foi se
apresentando:
-
Oi, Marilena! Prazer, eu sou o S.O.
-
Oi! – respondeu ela, bastante surpresa. E pensou:
“S.O.? Só espero que não seja Serapiano Osmundo...”
Como se tivesse adivinhado, o rapaz explicou:
-
S.O., de “Sistema Operacional”, viu? E foi você mesma
que me escolheu...
Sorrindo ao perceber o olhar de espanto da garota, S.O. completou: - ...
para coordenar os trabalhos aqui.
A menina sorriu encabulada e tentou fingir que sabia da existência de
outros “sistemas operacionais” e da possibilidade de escolher entre eles.
Depois, resolveu confessar:
-
É, é... que nunca tive um – gaguejou ela.
E comentou, preocupada:
-
Computador... parece só para homem...
Aí foi a vez de S.O. ficar admirado:
-
Para homem? Você nunca ouviu falar de Ada Lovelace? Em
meados do século 19, Ada criou o primeiro programa de computador. Ela foi a primeira
programadora do mundo!
-
Nessa época já existia computador? – perguntou a
menina, surpresa.
-
Bem, computador, computador... – hesitou ele. – Os
programas de Ada eram pra ser usados num avô dos micros... um precursor do
computador, planejando por Charles Babbage, um matemático e cientista meio
maluco.
E o rapaz acrescentou com um olhar sedutor:
-
Dizem que eles eram apaixonados.
Para Marilena, descortinaram-se novas perspectivas.
E
ela sorriu.
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