O ser humano é
social: necessita viver em comunidade e estabelecer relações interpessoais.
Porém, embora intitulado, sob a perspectiva aristotélica, político e
naturalmente sociável, inúmeras de suas antiéticas práticas corroboram o
contrário. No que tange à questão religiosa no país, em contraposição à
laicização do Estado, vigora a intolerância no Brasil, a qual é resultado da
consonância de um governo inobservante à Constituição Federal e uma nação
alienada ao extremo.
Não obstante, apesar
de a formação brasileira ser oriunda da associação de díspares crenças, o que é
fruto da colonização, atitudes preconceituosas acarretam a incrédula
continuidade de constantes ataques a religiões, principalmente de matriz
africana. Diante disso, a união entre uma pátria cujo obsoleto ideário ainda
prega a supremacia do cristianismo ortodoxo e um sistema educacional em que o
estudo acerca das disparidades religiosas é escasso corrobora a cristalização
do ilegítimo desrespeito à religiosidade no país.
Sob essa conjectura,
a tese marxista disserta acerca da inescrupulosa atuação do Estado, que assiste
apenas a classe dominante. Dessa forma, alienados pelo capitalismo selvagem e
pelos subvertidos valores líquidos da atualidade, os governantes negligenciam a
necessidade fecunda de mudança dessa distópica realidade envolta na
intolerância religiosa no país. Assim, as nefastas políticas públicas que visem
a coibir o vilipêndio à crença – ou descrença, no caso do ateísmo – alheia,
como o estímulo às denúncias, por exemplo, fomentam a permanência dessas
incoerentes práticas no Brasil. Porém, embora caótica, essa situação é mutável.
Convém, portanto,
que, primordialmente, a sociedade civil organizada exija do Estado, por meio de
protestos, a observância da questão religiosa no país. Desse modo, cabe ao
Ministério da Educação a criação de um programa escolar nacional que vise a
contemplar as diferenças religiosas e o respeito a elas, o que deve ocorrer
mediante o fornecimento de palestras e peças teatrais que abordem essa temática.
Paralelamente, ONGs devem corroborar esse processo a partir da atuação em
comunidades com o fito de distribuir cartilhas que informem acerca das
alternativas de denúncia dessas desumanas práticas, além de sensibilizar a
pátria para a luta em prol da tolerância religiosa."
O tema do
texto era: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil.
ENEM/2016
1 – Identifique em cada parágrafo a ideia principal e se houver a ideia
secundária.
2 – Identifique em cada parágrafo os recursos coesivos usados pela autora
do texto.
3 – Quais as palavras que você não conhece dentro do texto e seus
respectivos significados.
4 - Por que esse
assunto se tornou polêmico e preocupante nos últimos anos?
5 - No
último parágrafo é apresentada uma proposta de intervenção. Qual a importância
de pensar numa proposta de intervenção?
6 – A partir
do resumo das ideias de cada parágrafo, pode-se concluir que, para ser coeso e
coerente, um texto deve apresentar: certas repetições ou retomadas de
elementos; progressão, isto é, o acréscimo de outras ideias coerentes ou
informações novas sobre o tema; relação entre as ideias, que devem estar numa
sequência organizada e lógica. Em sua opinião, o texto em estudo apresenta
essas características? Justifique sua resposta com base no texto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário